domingo, 2 de setembro de 2012

Viviane Botelho Louro Pereira




'Viviane' dá vivas a vida. 'Botelho' gera piadas. 'Louro', trocadilhos. 'Pereira' a coloca no meio do povo. Ela tem sobrenomes demais. Filha mais velha. Mas não velha. 19 aninhos. Carioca. E o glamour da zona sul fica na zona sul, longe de sua zona oeste. Da zona oeste para a serra. Da serra para São Paulo. Muita mudança, muita mudança. Mudança genética. Os ditos traços indígenas e africanos foram fortemente escondidos pelos de portugueses, franceses e suíços. A pele é branca. Bem branca. O cabelo é loiro. Costumam falar dos olhos. Ela gosta dos seus olhos verdes. Todos os olhos são diferentes. Todos os olhares são diferentes. Todos são diferentes. Ela respeita muito as diferenças. O respeito mútuo é conservador. O respeito mútuo é inovador. Diferentes jeitos definem diferentes escolhas, em nome de Jesus, amém! Seus princípios presbiterianos são muito bem consolidados. Filhos na fé cristã, por favor. E, por favor, digam a ela para parar com a péssima mania de ser tagarela. Seu namorado consentirá. Graças a Deus que ao menos não é fofoqueira. Muitos amigos estariam em condições nada agradáveis se o fosse. 




Ótima anfitriã. Ser agradável é não ser orgulhosa. Que tal uma conversa para melhorar as situações? Sempre aberta a diálogos. Sempre com livros abertos. Lê dois por vez, no mínimo. Ela gosta de ter opções. Ela não gosta é de ter que escolher. Por que escolher uma cor favorita? O arco-íris é mais bonito. Muita indecisão, muita indecisão. Mais brasileira que flamenguista. Menos funk, mais rock. Bem menos funk. Nada, se possível. Possivelmente preferirá piscina. Praia é para admirar a natureza e pensar na vida. Ou esquecer-se dela. Não acha que banho foi feito para se tomar de chinelo. Playstation é chato. Supernintendo é muito mais legal. Mas o legal mesmo foi terem inventado a prancha de cabelo e Harry Potter. Nada de café, Coca-Cola ou mate. Ela odeia cafeína. Bolinha de queijo e coxinha é que abalam suas estruturas. Gostava de se imaginar ganhando a vida cantando. Mas foi o Jornalismo que a fisgou mais forte. Coragem passou a ser sua melhor amiga. Força de vontade, a mais bem-vinda aliada. E o que mais ela espera é nunca perder a sabedoria de saber usar o verbo 'amar'.








                                                                                             Photo: Norma Odara







Viviane Botelho



Um comentário:

O Universo agradece