sábado, 30 de janeiro de 2010

De volta para o Futuro

A gente sempre aprende, desde pequenos, que não temos como voltar no passado ou voltar atrás no que um dia já aconteceu conosco. Seja isso bom ou ruim. De fato, não podemos. Digo, em carne e osso, não podemos, até porque ainda não inventaram uma máquina do tempo como naqueles filmes de ficção que acabam gerando a maior reviravolta. Imagina só se isso fosse possível? Poderíamos mesmo mudar o curso de tudo. Mas nas mãos de uma pessoa errada acho que o mundo até explodiria.
Mas pare pra pensar em um outro ângulo da situação. Analise uma fotografia, qualquer que seja. Em minha opinião, essa foi sim uma das maiores invenções que já poderiam ter feito. É absolutamente incrível como uma foto é capaz de abrigar uma infinidade de acontecimentos em um mesmo instante: um grupo de jovens sorridentes, uma criança brincando na grama, um cachorro correndo atrás do seu rabo, um senhor de idade sentado em um banco e admirando a bela paisagem que compõe a sua vida, agora, mais calma, um belíssimo arco-íris no horizonte, acusando uma chuva que acabou de ir embora, um ciclista, uma corredora e mais uma variedade de situações. E tudo unido por um único flash..
É aí que paro pra pensar como todas as pessoas estão interligadas. Podemos não conhecer aqueles que estão ao nosso redor, mas é todo o conjunto que forma um ambiente. Talvez, se não houvesse aquela criança com toda a sua inocência e meiguice brincando e aquele cão correndo de forma tão gaiata atrás daquilo que dificilmente iria alcançar, aqueles jovens não estariam sorrindo. Ou se não houvesse uma corredora, talvez aquele ciclista não teria se atrapalhado no seu percurso ao ver aquela linda mulher pela qual se encantou e, quem sabe um dia, voltaria a encontrá-la. E se o arco-íris não estivesse ali? Provavelmente, ainda estaria chovendo e aquele senhor não teria assistido ao tombo do ciclista ao ver a mulher, nem teria visto o cachorro alcançando seu rabo depois de tanto sacrifício. Também não teria presenciado as gargalhadas de certos jovens por assistirem ao desastre do homem na bicicleta. Um casal poderia estar sentado no lugar daquele senhor assistindo a chuva cair.
Mas tudo estava lá. Naquele momento, naquele flash, naquela foto. Tudo estava se interligando. E o instante passou e foi congelado em um simples pedaço de papel. Um papel acessível em qualquer momento do futuro que resgata sensações de um determinado momento do passado. Paradoxo, mas plausível. Pensando assim, acho que podemos resgatar nosso tempo e as diversas coisas que um dia fizemos. Não precisa ir tão longe, só olhar com bons olhos. Nossa máquina do tempo está tão perto! Que tal pegar uma câmera? Divirta-se como aquela criança. Quem sabe ela não era você?




Viviane Botelho

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Múltipla? Escolha.

Eu acho injusto. Acho injusto o método de avaliação utilizado pra analisar o quanto a pessoa sabe sobre algum conteúdo: as provas. Sei que não sou a única que não é fã de provas, sejam essas as das escolas, dos vestibulares, dos concursos. Mas é a carga que uma prova traz que faz com que sempre exista algum nervosismo. Mesmo aqueles que dizem ficar calmos, como eu mesma costumo dizer, não significa que não haja nervosismo. No fundo, há um medo, um receio, afinal, provas servem para testar seus conhecimentos diante de outros e a maioria tem medo de errar, mesmo o erro sendo a principal marca de um mero mortal.
Essa injustiça é perceptível só pelo fato de depararmos com pessoas muito inteligentes e capazes de muitos feitos que fazem avaliações horrendas. Essas pessoas que não sabem lidar com situações em que estão sob pressão, onde ficam? É, o negócio é trabalhar isso, porque apesar de discordar desse método, tenho que reconhecer que ninguém conseguiu pensar em uma maneira melhor de testar conhecimentos. E essa pessoa que um dia conseguirá, certamente, não serei eu.
Inevitável falar sobre provas quando o foco desse momento na minha vida são os vestibulares. O engraçado que estive percebendo, nesses últimos dias, é que vestibulares nunca são classificatórios, por mais que se diga. Eles são sempre eliminatórios. Os avaliadores não estão nem um pouco preocupados em o quanto a sua resposta foi bem desenvolvida ou escrita e obtendo o conteúdo pedido. Eles querem usar dos mínimos defeitos pra colocar sua nota lá embaixo. Não são as pessoas com as melhores notas que passam nos vestibulares, são aquelas com as notas menos piores. Repare.
Mas temos que nos conformar. Então, escolha sempre fazer uma boa prova, independente da sua situação e do quanto ela valha. Escolha ser diferente, não ser como os outros, e faça do seu jeito e não de qualquer jeito. Mesmo que alguns possam não reconhecer o quanto fizemos, escolha ser dedicado e mostrar o quanto tem capacidade para enfrentar o que for, porque isso é pro nosso ego. Em uma prova de múltipla escolha, o seu 6 pode ser muito mais gratificante pelo seu esforço do que o 9 conquistado através de chutes por outro sujeito. Lá na frente é você quem vai estar na frente.

Viviane Botelho

O Universo agradece