segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Feel it








                                                                                photo: web








A questão é se há palavras com significado forte o suficiente para expressar a intensidade dos sentimentos que temos a capacidade de sentir.

Conseguimos explicar o que sentimos, porque temos a necessidade disso para com nossos iguais seres humanos. Mas essa explicação é apenas em sua forma mais simples e palpável; é apenas um dos vários planos que os sentimentos, quaisquer que forem, são capazes de se mostrar. Isso explica o fato de muitas vezes as pessoas não nos compreenderem como desejamos, porque, na verdade, não há como alguém nos entender inteiramente. O engraçado é como tudo parece tão simples em nossa mente, mas quando as palavras deveriam surgir, simplesmente elas não existem. Parece que o mundo não inventou palavras suficientes. E nesse momento entendemos o quanto somos limitados para com os outros, mas nem tão limitados para conosco.

A importância de termos uma mente somente para nós é a nossa própria segurança. É um sinal de que não fomos feitos para dizer tudo a todos. E isto é alguma coisa.

A mente nos frustra muitas vezes com tudo o que pensamos, mas ainda assim é melhor do que se a tivéssemos totalmente aberta para qualquer um poder interpretar e entender. A nossa mente preserva nossa privacidade, por mais que estejamos em um momento da vida em que tudo o que passamos pareça estar na boca do povo. Mas sempre, sempre guardamos algo para nós mesmos; guardamos a nossa individualidade.

Às vezes, o melhor é apenas sentir, usufruir a delícia de ser premiado com o poder de ter sentimentos em sua forma mais primitiva: sem palavras e sozinho.



Viviane Botelho



3 comentários:

O Universo agradece